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Analistas tributários da Receita voltam a paralisar atividades nesta quinta

 

Wellton Máximo

Repórter da Agência Brasil

 

Brasília – Pela segunda vez em menos de dez dias, a conferência de bagagens em portos e aeroportos e o atendimento aos contribuintes nas unidades da Receita Federal estarão prejudicados. Cerca de 7,5 mil analistas tributários do órgão promovem uma nova paralisação de 24 horas nesta quinta-feira (23), quando o governo apresentará a proposta final de reajuste para a categoria.

 

De acordo com o Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita), os trabalhadores se concentrarão durante todo o dia em frente ao Ministério da Fazenda, em Brasília e nas sedes regionais, e nas unidades da Receita Federal em cada cidade. Segundo a entidade, os servidores estarão mobilizados como forma de pressionar o governo para atender às suas reivindicações.

 

No último dia 14, os analistas tributários também cruzaram os braços por 24 horas. Eles pedem a reposição das perdas salariais desde 2008, quando houve o último acordo com o governo. O Sindireceita reclama que, nos últimos quatro anos, as correções estão abaixo da inflação acumulada no período e que a categoria está em 107º lugar na lista de salários pagos a analistas do Poder Executivo.

 

Carreira de nível superior, os analistas tributários se juntam aos auditores fiscais da Receita Federal, que estão em operação-padrão desde 18 de junho. Encarregados de promover operações de fiscalização contra sonegações e contrabandos, os auditores reivindicam reajuste de 30,19%. A mobilização afeta a liberação de cargas em portos e aeroportos.

 

Por meio da assessoria de imprensa, a Receita Federal informou que não comenta greves e paralisações.

 

Edição: Graça Adjuto

 

Agência Brasil – 23.08.2012

 

 

Greve da Anvisa pode terminar nesta quinta-feira

 

Bruno Rios

 

A greve dos servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pode acabar nesta quinta-feira. Tudo depende do que irá acontecer em uma reunião marcada para as 20h, em Brasília.

 

Nela, estarão frente a frente representantes do Ministério do Planejamento e do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação(Sinagências).

 

O presidente do Sinagências, João Maria Medeiros de Oliveira, levantou à Reportagem a possibilidade de a paralisação dos funcionários da Anvisa chegar ao fim hoje. “Essa é a nossa expectativa, de que isso tudo possa terminar hoje. A gente até propõe a suspensão do corte de ponto com o nosso compromisso de colocar o serviço em dia com dobras de jornada.”

 

Dor de cabeça

 

Há mais de uma semana, uma decisão liminar obriga o Sinagências a manter 70% dos servidores da Anvisa em atividade. Mesmo assim, tem muito hospital pelo País jogando sangue no lixo por falta de reagentes para sua manipulação. Adivinha onde estão os reagentes? Parados em vários portos brasileiros, incluindo o de Santos, e aguardando a liberação dos fiscais da Anvisa para seguir caminho e abastecer as unidades de saúde.

 

Por sorte, os principais hospitais da região garantem que a situação está sob controle na Baixada Santista. Contudo, por meio de suas assessorias de imprensa, tanto Ana Costa quanto Beneficência Portuguesa adotam um tom mais cauteloso e admitem que o estoque de reagentes pode não ser suficiente para dar conta da demanda nas próximas semanas.

 

Já em São Vicente, a maior preocupação não paira sobre os reagentes para trabalho com sangue. A torcida para que a greve acabe logo por conta do estoque de remédios contra depressão. A estimativa é de que os comprimidos deem conta do recado por mais um mês, no máximo.

 

A Anvisa alega que o atraso na liberação de materiais hospitalares em algumas regiões brasileiras pode ser causado pela greve de outras categorias.

 

Corte de ponto

 

A decisão do Ministério do Planejamento de cortar oponto de11.495 grevistas na próxima folha de pagamento não caiu nada bem entre os líderes da paralisação do serviço público federal.

 

Como já era esperado, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) decidiu preparar um documento para questionar no Supremo Tribunal Federal (STF)a atitude do Governo Federal.

 

Estima-se em 70 mil o número de servidores em greve. Segundo os sindicatos das categorias em greve, 350 mil funcionários federais paralisaram as atividades em todo o País.

 

Segundo o Ministério do Planejamento, há 582,4 mil servidores ativos no Poder Executivo.

 

A Tribuna – 23.08.2012